18.4.10

Dor Fantasma - LISBOA - Cartaz



teatromosca
DOR FANTASMA, na Casa Conveniente [Lisboa]

de 26 de Abril a 2 de Maio de segunda a domingo 21.30h Casa Conveniente (Cais do Sodré - Lisboa)

bilhetes à venda no local e nas Estações de Correio ou em CTT-Online


Depois de ter estreado "Dor Fantasma", com textos de Manuel Bastos e direcção de Mário Trigo, no Porto, no Estúdio Zero, em Novembro do ano passado, depois da apresentação em Sintra, na Casa de Teatro de Sintra, em Janeiro deste ano, o espectáculo é reposto, agora em Lisboa, na Casa Conveniente, em Lisboa (Cais do Sodré), de 26 de Abril a 2 de Maio, de segunda-feira a domingo, sempre às 21.30h.


textos MANUEL BASTOS

direcção MÁRIO TRIGO

co-produção teatromosca e Teatro Focus

acolhimento Casa Conveniente


PONTO DE PARTIDA

Desde 2007, o teatromosca tem vindo a desenvolver um ciclo de pequenos projectos dedicado ao tema da guerra (colonial ou de independência) nas ex-colónias portuguesas. Entre 2007 e 2008, foram apresentadas três “fases preparatórias” do projecto teatral IGNARA#GUERRA COLONIAL, que culminará, em 2012, com a apresentação do espectáculo final homónimo. No início de 2009, o teatromosca associou-se ao Teatro Focus para levar a cena uma nova versão, em formato reduzido, do espectáculo INFA72, com texto de Fernando Sousa e direcção de Mário Trigo. Agora, apresentamos uma nova produção com textos de Manuel Bastos, ex-combatente, um espectáculo que visa dar voz ao que, regularmente, não é dito e revelar o que, usualmente, permanece camuflado. Com Dor Fantasma, tentamos dar plano às histórias particulares, aos relatos pessoais e, de certa forma, íntimos daqueles que viveram/ ainda vivem a guerra, procurando fazer uma reflexão em torno da História, numa dialéctica entre a memória individual e a relevância e incorporação da mesma na memória colectiva.


SINOPSE

Este espectáculo constitui-se como um «monólogo a duas vozes», no qual duas personagens – um combatente e uma mulher - relatam episódios da «sua guerra», avaliando-a até às suas ínfimas, imponderáveis consequências.

Os «fait-divers» do teatro de guerra - entenda-se, o conjunto de acontecimentos que, em meio do caos, instituem essa espécie de perverso «padrão de normalidade» - são permanentemente desmontados pelo olhar lúcido, clínico, distanciado das personagens, apostadas em transmutar o horror da guerra em material de reflexão política (apartidária) ou em exercício extremo de auto-conhecimento.

A deliberada inclusão da personagem feminina na colagem de que o guião resulta- caucionada pela tematização que Manuel Bastos, atentamente, lhe vota - corresponde à candente necessidade de reconhecimento do papel (ainda hoje secundado) que a mulher portuguesa desempenhou antes, durante e depois do conflito armado aduzido.


SOBRE O AUTOR

Manuel Correia de Bastos nasceu na vila de Aguim, no concelho de Anadia, em 1950.

Foi mobilizado para ex-colónia de Moçambique com o posto de furriel miliciano, no cumprimento do serviço militar obrigatório, onde chegou no dia 12 de Fevereiro de 1972 até ser gravemente ferido em combate no dia 4 de Junho de 1972, devido à deflagração de uma mina anti-pessoal.

Tem escrito crónicas sobre a guerra colonial especialmente no Jornal da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, e mantém desde 2003 um dos mais antigos Blogs sobre a Guerra Colonial, O Cacimbo, em http://cacimbo.blogspot.com/.

Embora a crítica especializada ainda não tenha «descoberto» este autor seminal, trata-se, sem dúvida, do ponto de vista literário, uma das vozes mais surpreendentes que têm, nos últimos anos, riscado a oferta editorial sobre o tema, ombreando, sem dúvida, com nomes tão fundamentais como António Lobo Antunes, Lídia Jorge, Manuel Alegre, Fernando Assis Pacheco, entre outros.

Da sua escrita pode destacar-se o modo como, glosando um tema tão «obsceno» como é a guerra (a sua, de um modo muito particular), consegue, munindo-se de metáforas límpidas e eficazes, atingir um lirismo de profundo fôlego filosófico de pendor filantrópico.


SOBRE O ENCENADOR

Mário Trigo, fundador e Director Artístico da Associação Cultural Teatro Focus, tem vindo a trabalhar, de há seis anos a esta parte, textos sobre a guerra colonial. Em 2006, com efeito, fechou - com Companhia de Caçadores, em cena na Casa dos Dias da Água, em Lisboa (espectáculo contemplado com um apoio pontual do Instituto das Artes) - um ciclo de três encenações subordinadas ao tema (as outras duas foram Violeta- Puta de Guerra, em cena na Sala-Estúdio do Teatro da Trindade, em 2004; e Infa 72, no Teatro Taborda, 2002) todas em colaboração com o dramaturgo (e ex-combatente) Fernando Sousa. As suas encenações têm merecido a aclamação da crítica, pelo rigor, qualidade e coerência demonstrados.


Ficha artística e técnica

Designação do espectáculo«Dor Fantasma» - a partir de textos de Manuel Bastos DirecçãoMário Trigo DramaturgiaPaulo Campos dos Reis InterpretaçãoFilipe Araújo e Susana Gaspar Assistência de encenaçãoDiana Alves Desenho de luzCarlos Arroja GrafismoAlex Gozblau Direcção de produçãoPedro Alves Produçãoteatromosca e Teatro Focus Co-produçãoFábrica da Pólvora - Clube Português de Artes e Ideias AcolhimentoAssociação Terra na Boca, As Boas Raparigas, Casa de Teatro de Sintra e Casa Conveniente ApoioCâmara Municipal de Sintra, Junta de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel, Junta de Freguesia de Mira Sintra, Artistas Unidos, 5àSEC [Rio de Mouro], Relevo Branco, Jornal de Sintra, Jornal Actual Sintra, Jornal O Correio da Cidade, CTT, Rádio Clube de Sintra e Sporting Club de Lourel


de 26 de Abril a 2 de Maio

de segunda a domingo 21.30h

Casa Conveniente (Cais do Sodré - Lisboa)

bilhetes 5€ (preço único)


bilhetes à venda no local e nas Estações de Correio ou em CTT-Online

1 comentário:

O BAR DO OSSIAN disse...

Destaque n'O Bar do Ossian.

Abraço lusitano!